sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Poema de Outono




Há restos do teu suor na minha alma
Restos de mentira na minha cabeça
Imagens e desgostos em meus olhos
Paisagens e reachos derramados


Há silêncio e tempo que demoram
Marcas do mistério repetido
Encontros onde as margens não se tocam
E fugas onde dois cumes se juntam

Ah, quem dera recuar
Quem dera a tua boca fosse mar
Pudesse eu nela mergulhar
E seus mistérios desvendar


Há restos do que eras em meus olhos
Hoje uma imagem destorcida
Quem ama vê disforme o que o move
E fica imóvel na imagem percebida

Há silêncio e tempo que demoram
Dor de entrega desmedida
A quem não cuida, quem é ferida
Quem só destrói amor em sua vida

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